quarta-feira, abril 25, 2007

Bayrou diz que não apoiará nem Sarkozy, nem Ségolène

Bayrou pode ser a carta decisiva nas eleições francesas. Seus 18,55%, se plenamente direcionados, podem decidir o segundo turno.

Na primeira coletiva pós-eleições, o centrista disse que não apoiará nem Sarkozy, nem Ségolène no segundo turno.

Se Bayrou estiver realmente ciente do capital político que construiu, saberá tomar a decisão correta. Ele tem o mérito de abrir o "caminho do meio" na política francesa. Disse que criará um partido, que em princípio se chamará Partido Democrático.

A principal decisão de Bayrou é: mirar no longo prazo visando a Presidência ou acomodar-se politicamente na próxima administração. Com o capital político que possui, pode inclusive arquitetar sua nomeação como Primeiro-Ministro em aliança com Sarkozy ou Ségolène. O risco, neste caso, é seu grupo perder a alma de centro que catapultou seu nome.

Qualquer decisão tem prós e contras. Bayrou, neste momento, decidiu pela prudência, entretanto, deve dosar essa posição. Se a prudência, no curto prazo, é indicada, no longo, pode mostrar-se como seu mais perigoso inimigo, destruindo sua imagem e capital político, evidenciando um líder errático e vacilante, incapaz de tomar decisões.

Nenhum comentário: