
É preciso entender que a Estônia esteve sob ocupação soviética, e em consequência russa, durante décadas, quando sofreram perseguições e atrocidades impostas pelo assustador e violento regime socialista/comunista.
O trauma dos estônios é enorme. Conseguiram se libertar das amarras da comunismo e da Rússia, encontrando na liberdade a melhor saída. A Estônia se converteu em um dos países mais livres da Europa.
Mas hoje, a população é formada por estônios e, em menor parte, por antigos imigrantes russos, o que tem gerado algumas tensões.
A retirada desta estátua é simbólica para os estônios, pois supulta parte dos horrores sofridos pela ocupação comunista soviética/russa. É uma dor para os estônios/russos, já em segunda e terceira geração, por sentirem que é um ataque a sua história.
Aí está a crise. Este é o ponto fulcral dos distúrbios em Tallinn.
Entendo a tristeza dos imigrantes russos, mas sepultar os horrores de um regime criminoso como o comunista é um dever de qualquer país que seja honesto com a sua história.
E a Rússia, que tenta influir na questão, deve ficar calada e respeitar a auto-determinação da Estônia, que há muito deixou de fazer parte de seu antigo império comunista de horrores.
Um comentário:
Oi professor! Eu, que já estive na Estônia, também fiquei preocupada com a notícia. Mas na minha opinião, o monumento deveria ser respeitado como um símbolo de um tempo que não deve voltar nunca mais, ou seja, como uma lembrança, um lembrete dos tempos "turvos" na história do país. Concordo que sepultar os horrores daquele regime é um dever de qualquer país honesto com sua história. Porém conhecer o passado é uma forma de valorizar e respeitar o presente. Por isso a memória deve ser preservada.
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