quinta-feira, março 06, 2008

A matemática contra Hillary

Muitos estão entusiasmados com a volta por cima de Hillary Clinton. Neste Blog fiz questão de mencionar, com admiração, as brilhantes vitórias desta terça, especialmente no Texas, onde ela conseguiu reverter uma situação de desvantagem.

Entretanto isto não quer dizer que ela tenha grandes chances de vitória. Minha opinião é de que ela conseguiu escapar da derrota final esta semana, mas a indicação ainda está muito longe, talvez fora do seu alcançe.

As próximas primárias serão no Wyoming neste sábado e logo depois no Mississippi, próxima terça. Dia 22 será a vez da batalha na Pennsylvania. Depois Guam, Indiana e Carolina do Norte. West Virgínia em 13 de maio e uma semana depois em Kentucky. Depois seguem os vizinhos Oregon, Montana e South Dakota. A última primária seria em Porto Rico.

Se Hillary vencer todos, teria "momento", mas talvez faltassem números. Se ela vencer em estados que claramente devem fornecer a Obama vitórias certas e robustas, como Mississippi, Indiana, Oregon e Carolina do Norte, e ainda ganhar (por margens razoáveis) os outros citados acima - ainda assim, ela não chegaria em vantagem na convenção democrata em Denver, Colorado.

Ficaria nas mãos dos super-delegados decidir o páreo. Eles poderiam virar o jogo, mas é improvável que ocorra. Inverter o resultado das primárias seria destruir a unidade do partido. Obama, neste caso, além de ter mais delegados, contaria certamente com uma pequena vantagem no voto popular. Inverter e jogar Hillary na cabeça de chapa seria suicídio eleitoral.

É matemática pura e simples, com um pouco de análise política, é claro, mas os números se movem na direção de Obama, em minha opinião, nem um esforço sobrenatural dos Clinton tira a indicação do senador por Illinois. A partir de agora, ele somente precisa administrar sua vantagem.

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