terça-feira, agosto 14, 2018

Estratégia Petista

O palco está montado. O PT seguirá com a fantasia da candidatura de Lula até o fim. Nesta semana, o partido registra a chapa em Brasília no última dia do prazo para assim ganhar tempo. Espera um imediato pedido de impugnação para começar uma batalha nos tribunais. Ao esticar a corda, o PT vai dilatando o debate, mobilizando suas bases, colando a imagem de Lula em Fernando Haddad.

Mas a estratégia vai além. A tentativa de protelar ao máximo este movimento visa, mesmo impugnado, manter a imagem e nome de Lula na urna eletrônica. Isto servirá de base para o partido embaralhar o quadro sucessório e causar uma confusão na cabeça do eleitor. Se a pendência judicial da candidatura ultrapassar o meio de setembro, mesmo impugnado, não haverá como tirar o nome de Lula da programação das urnas eletrônicas. Os votos iriam para Haddad, mas os eleitores teriam que votar em Lula.

Os prazos podem se estender porque os recursos irão além do TSE. Certamente o partido deve também recorrer ao Supremo Tribunal Federal, que diante da Lei da Ficha Limpa, não deve autorizar a candidatura. Mas a possível demora em avaliar o caso, ultrapassando o limite de meio de setembro, é o principal objetivo desta estratégia protelatória. Em meio a tudo isso, Dias Toffoli, indicado por Lula ao Supremo, toma posse como Presidente da corte no dia 13 de setembro.

Se o PT estender a discussão ao máximo e conseguir manter o nome do ex-Presidente nas urnas, haverá um verdadeiro tumulto no processo eleitoral, pois o partido defenderá que os votos são na verdade de Lula. Como avatar de Haddad, Lula espera embaralhar o quadro sucessório e garantir seu vice no segundo turno.

O único elemento que pode desarticular esta estratégia é a celeridade da justiça, tanto no TSE, quanto no STF. A conferir.

Nenhum comentário: