quinta-feira, novembro 22, 2018

Bolsonaro Muda o Jogo

Poucos perceberam que além da guinada ideológica representada pela eleição de Jair Bolsonaro, o modo de fazer política e comunicação também sofreu grandes alterações. Ao montar um governo que está colocando fim ao fisiologismo e as escolhas políticas que transformaram a Esplanada em feudos partidários, Bolsonaro está tentando mudar as práticas que levaram aos maiores escândalos de corrupção da história do país.

Vivemos em um sistema anacrônico. Somos reféns de um modelo presidencialista que opera dentro das regras do parlamentarismo, fazendo uso inclusive de seus instrumentos, como a Medida Provisória. Esta disfunção já gerou dois impeachments e governos que somente conseguem se sustentar mediante o fatiamento de cargos para os partidos aliados.

O Brasil precisa de forma urgente uma reforma política que defina que tipo de sistema temos no país. Se estamos dentro de um modelo parlamentarista ou presidencialista e a partir daí viver dentro da dinâmica e mecanismos inerentes a cada modelo. O sistema disfuncional de hoje coloca em xeque a estabilidade do país e impede que governos sérios trabalhem suas políticas, pois se tornam reféns de um modelo anacrônico que incentiva o fisiologismo.

Bolsonaro, ao nomear um governo técnico, tenta colocar fim neste estado de coisas. Terá um desafio imenso, mas como disse, foi eleito exatamente para não se dobrar ao sistema e conduzir um governo com bons quadros, representativos da sociedade e capazes de implementar uma correção de rumos robusta nas políticas públicas do país. Qualquer coisa fora deste contexto seria não ouvir os 57 milhões de brasileiros que optaram pela mudança.

O desafio é enorme, mas grandes mudanças não são implementadas com facilidade. Bolsonaro segue o caminho que prometeu, afinal, o povo emitiu o sinal claro que desejava colocar fim em um sistema falido e apodrecido.

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