segunda-feira, julho 30, 2007

A conversão de Mr. Brown?

Qual será a estratégia de Gordon Brown, novo Primeiro-Ministro britânico, no tocante a política externa? A foto aí ao lado diz muito.

Brown chegou ao governo falando em mudanças. Enfrentou uma crise com a Rússia e o terrorismo assim que chegou a Downing Street. Sua reação, muito elogiada, parece ter evidenciado uma nova face, ainda desconhecida do grande público. Gordon Bown pode ser um líder pragmático.

Seus conselheiros e secretários, como Lord Malloch Brown, David Miliband e Douglas Alexander falaram em “soft power”, multilateralismo e maior aproximação com líderes europeus.

Mas Gordon Brown, a caminho de Camp David, falou da dívida que o mundo tem com os Estados Unidos por sua liderança na luta contra o terrorismo internacional, da forte relação bilateral entre Reino Unido e Estados Unidos, definindo-se como um "atlanticista" e "grande admirador do espírito americano".

Brown sabe que Bush tem apenas pouco mais de um ano como Presidente e parece entender os laços que unem os dois países. Ele estava nitidamente entusiasmado por estar em Camp David. Contudo, sua estratégia em relação a política externa não admite erros, já que o menor deslize entregará o governo a Cameron nas próximas eleições, em 2009. Ele deve se equilibrar entre Bush, apoio interno dos britânicos e o novo presidente americano, ainda uma incógnita para todos nós.

Como disse meu amigo John, que dirige um dos mais importantes think tank britânicos, Brown pode surpreender. A conversa que ele terá com os democratas depois de Camp David pode ser um sinal neste sentido.

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