sexta-feira, setembro 11, 2009

Trabalho para Merkel

A eleição mais esperada do ano ainda está por vir. É na Alemanha. Chega ao fim a legislatura em que Merkel, do consórcio CDU/CSU, liderou um governo de coalizão com os socialistas do SPD. Agora os dois blocos seguem para o confronto eleitoral direto.

Se tomarmos como exemplo as eleições européias do meio do ano, a vantagem de Merkel é incontestável. O bloco do CDU/CSU angariou nada menos que 37,9% dos votos e seus parceiros liberais do FDP chegaram a incríveis 11%, mais do que o dobro conseguido pelo partido no último pleito. Se CDU/CSU e FDP construírem uma vitória por maioria absoluta, a Alemanha, por fim, chegará a um governo liberal-conservador pleno, sendo desnecessária a bizarra coalizão atual com o SPD.

A única chance de um gabinete totalmente socialista está em torcer por um resultado que deixe em vantagem os Verdes, o novo partido intitulado "A Esquerda" e o próprio SPD, em uma coalizão.

A incógnita está no comparecimento dos eleitores, que não mostram-se muito empolgados com a campanha, o que abre uma pequena vantagem para os socialistas. Do outro lado, os democrata-cristãos apostam na alta popularidade de Merkel e nos musculos políticos evidenciados na eleição européia pelos liberais e seu líder, Guido Westerwelle, que deseja muito o cargo de Vice-Chanceler em um novo governo Merkel.

Por enquanto, as pesquisas dão pequena vantagem ao grupo liderado pela atual Chanceler, entretanto não o necessário para evitar uma surpresa desagradável para ambos lados, que poderia renovar por mais quatro anos a bizarra aliança com o SPD. Uma tarefa que talvez somente Merkel possa reverter.

Nenhum comentário: