segunda-feira, outubro 18, 2010

Marina Independente

Marina anunciou sua tão esperada indepedência em relação ao segundo turno. Nem Serra, nem Dilma. Marina optou por Marina, daqui há quatro anos, quando acredita que terá mais chances e poderá consolidar seu nome no cenário nacional.

A idéia é bonita, mas não é tão fácil como a candidata verde imagina. Ela não terá mandato pelos próximos anos e seu partido não tem o mesmo grau de penetração sob o qual se desenvolveu o petismo, como sindicatos e organizações de classe. Consolidar seu nome como uma alternativa viável e palpável para o Planalto é uma tarefa árdua.

Ademais, Marina precisa entender que o cenário que deve encontrar em quatro anos é outro. O mundo político movimenta-se em seu próprio ritmo. Se os tucanos vencerem, uma conjuntura começa a desenhar-se, com Aécio e Serra, assim como se o petismo sair vencedor, outra realidade consolida-se, neste caso já na expectativa da volta de Lula em 2014.

A candidata espera, com sua atitude, preservar seus quase 20 milhões de votos. Não conseguirá. Possui um eleitorado muito heterogêneo e que por diferentes motivos depositaram seus votos no número 43. Não poderá conservar todos, dos progressistas verdes aos conservadores evangélicos. Um eleitorado como este é de praticamente impossível manutenção.

A melhor saída para Marina seria fazer uma opção e impor sua agenda. Precisaria fazer parte do governo e de governos estaduais para estruturar o partido de forma consistente, sob uma idéia central e sua liderança, tornando-se uma opção viável para 2014.

Entretanto, inebriada por uma votação circunstancial, tomou a decisão da neutralidade ou suposta independência, que passa longe dos estadistas que assumem os riscos de suas escolhas e a opção do bom combate de idéias.

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