terça-feira, junho 23, 2009

A Crise no Irã

Jornalistas presos e desaparecidos no exercício de seu trabalho, outros com vistos não renovados são obrigados a deixar o país. A internet foi a saída natural para milhões de iranianos que buscam informar o mundo o que ocorre dentro de suas fronteiras, mas ainda com o bloqueio do regime dos Aiatolás a muitos sites, poucas portas permanecem abertas. Assim o Irã busca fechar o cerco no que tange a informação.

É possível estimar, mas ninguém sabe ao certo a magnitude dos protestos, o número de mortos, presos e sabe-se lá o que mais, por todo país.

Como prova de força, o Parlamento já agendou a posse de Ahmadinejad entre 26 de julho e 19 de agosto. O Ministério do Interior já teria advertido Mir Hossein Mousavi a respeitar a lei e o voto do povo.

O problema é que não sabe-se ao certo qual foi o voto dado pelo povo. As denúncias de fraude espalham-se e o governo já admitiu fraude em várias seções eleitorais, onde o total de votos foi fartamente superior ao número de eleitores. Portanto não sabe-se ao certo se a fraude se espalhou pelo resto do país. Dadas as manifestações, estima-se que foram extensas e novas eleições deveriam ser convocadas.

Enquanto a liberdade for cerceada, uma das poucas portas abertas é a internet e o Twitter tem exercido função crucial em informar o que ocorre por lá, mas o regime dos aiatolás, atento, já começou a guerra de contra-informação.

Entende-se que a ferida aberta no Irã, diante de tantos episódios, é profunda. A questão está em saber se como o regime reagirá frente ao que se apresenta.

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