
O Presidente francês entende que os desdobramentos da atual crise podem refletir-se nas próximas eleições presidenciais francesas e a UMP, sem o controle de governos regionais, é refém única e simplesmente, do nome de Sarkozy, se deseja renovar seu mandato presidencial.
Depois de estar sem rumo, ao perder o pleito nacional em 2007, os socialistas conseguiram unir suas forças e se renovar, criando condições reais de chegar ao poder nacional. As vitórias eleitorais deste ano fazem parte deste cenário.
Do outro lado, a UMP enfrenta o desgaste do governo Sarkozy e denúncias como o atual caso Woerth-Bettencourt. As iniciativas estão nas mãos do Presidente, que precisa agir de forma coerente e consistente, equilibrando-se entre a pressão dos aliados e a resposta necessária para a população. Setores empresariais, que já davam como certa a reeleição de Sarkozy, começam a considerar outros cenários.
O remédio usado até o momento por Sarkozy para debelar a crise não foi eficiente, inclusive com a entrevista desta segunda. Woerth deixará cargo de tesoureiro da UMP, mas permanece ministro. Neste caso, não basta. É preciso agir de forma mais contundente. O timing da crise é perfeito para os adversários políticos da UMP. Ainda há tempo hábil para uma reação política vinda do Elysée, entretanto, precisa ser realizada de maneira certeira, sem erros.
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