
Os últimos levantamentos devem ter feito soar um sinal de alerta na campanha de José Serra. Ele vem caindo onde era mais forte, especialmente em São Paulo, onde a diferença se mostra cada vez menor. Isso sem falar onde já vinha mal. São sinais de que algo deve ser mudado e a estratégia de campanha reavaliada. Alguns acreditam que nada deve ser mudado e que os debates e o horário eleitoral ajudarão a campanha a tomar fôlego. É arriscado. Pode ocorrer o inverso, dada a franca exposição de Lula ao lado de Dilma. Um Plano B deveria estar na manga da coordenação de campanha tucana.
Os números atuais fazem aliados debandarem, desestimulam palanques regionais e o desânimo pode contaminar toda a campanha. Inclusive tucanos tradicionais preferiram a alianças regionais que garantam sua recondução, mesmo que ao lado de oposicionistas no plano nacional. Do outro lado já discuti-se a formação do ministério de Dilma. Salto alto? Pode ser, mas o empresariado e as instituições já trabalham com a possibilidade real deste cenário.
A campanha é pesada. O governo está jogando todas suas fichas no projeto de continuidade. O trabalho do tucano é muito difícil, porém, não é impossível. Acredito que Serra, assim como seu slogan, pode mais. Mas o timing da reação pode estar passando da hora.
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