quinta-feira, janeiro 23, 2014

Obama vai ao Congresso

Na próxima semana Obama apresenta-se ao Congresso. O discurso é o mais importante do ano e já está sendo escrito tem semanas, talvez meses. Diante de um Congresso hostil e aprovação decadente, o Presidente apresentará suas prioridades para o ano e falará também daquilo que foi realizado. Certamente ele se valerá das vitórias, especialmente na área internacional, por mais discutíveis que sejam, mas precisará tocar em um ponto fundamental que não vai bem: a economia.

Entre os eleitores independentes, a política econômica de Obama é desaprovada por 60%. No cômputo geral, 56% acham que a economia segue um caminho equivocado. Apesar de 61% dos democratas estarem a favor, 79% dos republicanos estão contra. Na média, a Casa Branca perde, mas é entre os independentes, aqueles que decidem a eleição, é onde os números mais preocupam. Entretanto, sendo a favor ou contra, 77% dos americanos acreditam que a economia vai mal. Este é um número significativo.

Mesmo na área internacional, onde Obama acredita ter alcançado resultados importantes, o que na verdade ocorreu, sua aprovação vai em percentuais muito fracos. Apenas 39% aprovam, enquanto 47% se colocam contra. A aproximação com o Irã, por exemplo, apesar de importante, não é vista com bons olhos pela maioria dos republicanos. Além disso, ainda pesa o baile que a administração americana tomou da Rússia na questão da Síria, com direito a editorial de Putin no New York Times. Os americanos sentiram-se diminuídos.

Mas Obama acredita que tem um trunfo nas mãos. Seu projeto para a saúde. Mas falta acertar ainda com o público, já que 56% são contra o Obamacare e 59% enxergam que ele não soube lidar bem com a implementação do plano, que ainda encontra problemas. Mas quanto a isso Obama está tranquilo. Ele venceu esta disputa e enxerga que no longo prazo os americanos entenderão sua iniciativa. Aqui, ele joga para a história.

Quando Obama entrar no Congresso, 67% dos americanos estarão assistindo, diz o Instituto de pesquisas da Universidade de Quinnipiac. Neste momento 49% do país acredita que ele não é verdadeiro e confiável. Obama precisará caprichar na retórica e mostrar resultados.

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