
Apesar do compromisso reformista do partido de Gül, o AK, não existe certeza sobre suas reais intenções. Vale lembrar que o novo Presidente, que foi eleito para o Parlamento pela primeira vez em 1991, foi representante de dois partidos já banidos da política turca exatamente por não respeitarem o secularismo. Um deles formou o primeiro governo pró-islâmico, desde a fundação da República em 1923. O AK, partido atual de Gül, agora Presidente, e Recep Tayyip Erdogan, Primeiro-Ministro, nasceu das ruínas dos antigos partidos pró-islâmicos - e o receio reside neste ponto.

Resta saber a reação dos militares, até agora os responsáveis por manter a necessária presença do secularismo na Turquia. Entretanto o fato curioso é perceber que Gül, de certa forma, saiu mais fortalecido exatamente em conseqüência da reação negativa dos militares ao seu nome para Presidente. Novas eleições foram chamadas e o AK teve uma vitória arrasadora, o que no entender de Gül fortaleceu seu nome. Ele estava certo. É o novo Presidente da Turquia.
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