quarta-feira, agosto 01, 2007

Sarkozy promete. E cumpre.

Sarkozy ataca novamente. O alvo agora são os sindicatos. Cumpre assim o que prometeu na campanha. Seu objetivo é manter o funcionamento mínimo dos transportes públicos durante períodos de greve para que todos possam trabalhar. Na França de Sarkozy, nada é desculpa para escapar da labuta diária.

A Assembléia Nacional deve aprovar amanhã a "Lei sobre o diálogo social e continuidade do serviço público nos transportes terrestres" ou "Lei de Serviços Mínimos", como já está sendo conhecida. Estamos no meio do verão europeu, um período que não propicia manifestações, motivo pelo qual Sarkozy está agindo.

Os sindicatos se revoltaram contra a lei e organizaram manifestações. 2.000 pessoas em Paris, 300 em Lili e Toulouse e 500 em Marselha. Um fracasso de público. "É muito difícil mobilizar pessoas dia 31 de julho" lamentou o líder da CGT, Bernard Thibault.

O problema dos sidicatos não é o 31 de julho, o problema é que do outro lado está a habilidade política de Sarkozy. O Presidente francês encontrou um meio de neutralizar essas manifestações usando o calendário.

A lei de serviços mínimos deve alcançar também os professores, rádios e emissoras de TV do Estado. A idéia é inserir ainda dispositivos que autorizem o desconto dos dias parados em greve. Além disso, aqueles que desejam entrar em greve terão que avisar com dois dias de antecedência.

Prestem atenção: Essas medidas são preventivas, provavelmente para a tomada de outras no futuro. Sarkozy não brinca em serviço.

Como se isso não fosse o suficiente para deixar os socialistas preocupados, Sarkozy foi além e anunciou o fim da gratuidade plena dos serviços de saúde na França. As famílias pobres ficariam isentas de pagamento, mas todos os outros deverão pagar 0,50 centavos de Euro cada vez que visitarem um médico da rede pública, outros 0,50 por prescrição de medicamento e 2 Euros pelo uso de transporte médico. Haverá um limite também, segundo os planos de Sarkozy: cada um somente poderá usar o sistema público até o teto de gastos de 50 Euros por ano.

Mesmo assim, ele continua popular, como mostra a foto acima. Mudanças profundas começam a acontecer na França.

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