quarta-feira, setembro 12, 2007

Viktor Yushchenko acusa o Kremlin

Nunca escondi que possuo uma simpatia especial pela Ucrânia, assim como por vários países do Leste Europeu que conseguiram se livrar dos horrores do comunismo. Hoje, por exemplo, aqui em Bucareste, na Romênia, encontrei um monumento aos mártires que lutaram pelo fim do comunismo, na Revolução de 1989, que comentarei em uma postagem ainda esta semana.

A Rússia, entretanto, não aceita a independência de suas antigas repúblicas e países satélites que viviam sob sua influência durante os sombrios anos de socialismo. A Estônia já sofreu com ataques virtuais aos seus sistemas de computadores e a Ucrânia, bem a Ucrânia mais uma vez vive uma tensão com o Kremlin.

Na política ucraniana não existem santos, mas o presidente Viktor Yushchenko está muito mais próximo dos valores democráticos e ocidentais que seu rival político, o primeiro-ministro Viktor Yanukovych.

Yushchenko foi seqüestrado e sofreu uma tentativa de assassinato por envenenamento durante a campanha presidecial em 2004. O Kremlin, que apoiava abertamente Yanukovych, é o principal suspeito. Vale lembrar o antigo espião da FSB russa, Alexander Litvinenko, também foi envenenado, o que estremeceu as relações entre Rússia e Reino Unido, já que o crime ocorreu em Londres.

Muito se investiga sobre o que realmente ocorreu com Yushchenko e seria muito fácil encontrar a origem da fabricação do veneno que desfigurou o rosto do Presidente com as devidas informações, já que apenas três laboratórios o produzem no mundo. Dois deles já enviaram amostras. A Rússia dificulta as investigações e Putin não tem demonstrado vontade de ajudar.

Apesar de tudo vale lembrar das palavras do presidente Yushchenko: "A investigação sabe quem, quando, onde e qual substância foi usada". Chegar ao Kremlin pode ser uma questão de tempo.

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