terça-feira, março 02, 2010

Aécio resiste. Tucanos insistem

O crescimento de Dilma nas pesquisas fez o alarme soar no ninho tucano. Desde então o nome de Aécio Neves voltou ao palco presidencial. Ele seria o nome que, ao lado de José Serra, formaria a chapa dos sonhos de boa parte da oposição.

Entretanto, Aécio ainda resiste. Em busca de uma solução, surgiu o nome do senador Tasso Jereissati, sugerido pelo ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. A tese é aquela de sempre, ou seja, fortaleceria o candidato no Nordeste, onde Dilma é mais forte.

A tese de um vice do Nordeste é perigosa para os tucanos. Foi o erro na campanha de Alckmin em 2006. Enquanto existiam votos para ser conquistados no Sul, Alckmin rumou para o Nordeste e Amazonas, onde Lula teve mais de 80% dos votos.

As intenções de voto na região Nordeste, assim como no Norte, são extremamente consolidadas, especialmente em função dos programas de assistência do governo. Portanto, voltar a campanha oposicionista fortemente para este front, é perder tempo, espaço e votos onde ainda é possível crescer, ou seja, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que se identificam muito mais com a agenda oposicionista. Os palanques para os candidatos aos governos destes estados são também estrategicamente muito importantes.

É fundamental que o vice, em caso de confirmação do nome de Serra, venha de Minas. É neste estado que se definirão as eleições. Se não for Aécio, que seja um nome escolhido pessoalmente por ele. Se for de algum dos partidos aliados, como PPS ou DEM, melhor ainda.

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