quinta-feira, maio 23, 2013

Ataque em Londres

O ataque a um soldado em Londres em plena luz do dia mostra a face mais cruel e atual do terrorismo, do extremismo islâmico e da vulnerabilidade de qualquer país a um ato como este.

O caso é muito similar ao ataque ocorrido em Boston. Métodos caseiros e motivação religiosa. Depois de Boston e Londres sabemos uma coisa: não será a última vez. Tresloucados movidos por uma verve religiosa continuarão a agir por sua conta e risco. 

Os Estados souberam lidar com o terrorismo em larga escala e com os grande grupos, sua logística e estrutura de organização. A Al Qaeda é um caso clássico de como a organização dos sistemas de inteligência são capazes de desarticular grupos terroristas. O problema são as sementes que grupos como este deixaram espalhados pelos mundo, em pequenas mesquitas que operam em garagens, locais clandestinos, de viés radical e que impulsionam ações isoladas de fiéis.

Outro desafio para a comunidade internacional e local é entender que muitos dos extremistas não são imigrantes, como os irmãos Tsarnaev, de Boston. Muitos dos terroristas são cidadãos nacionais, dotados de passaportes dos países das vítimas, nascidos no território onde ocorreram os ataques. São geralmente filhos e netos de imigrantes que não conseguiram se integrar na cultura local e vivem da assistência do governo.

Uma das alternativas para acelerar o processo de adaptação cultural é forçar os imigrantes e filhos de imigrantes a se integrar, retirando a assistência do Estado que os mantém em guetos sem trabalhar. As políticas de assistência deveriam ser convertidas em incentivos para que estes imigrantes se tornassem pequenos empreendedores em suas comunidades e assim passassem a fazer parte da cultura local.

O debate é extenso e precisa amadurecer, entretanto, enquanto o problema não for tratado em seu nascedouro, ataques como o de Madri em 2004, Londres em 2005, Boston e Londres em 2013, continuarão a ocorrer.

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