quarta-feira, março 21, 2007

Анна Политковская, 1958 - 2006

A jornalista russa Anna Politkovskaya foi sempre muito polêmica. Acabou assassinada por aqueles que não suportam a crítica e sentiram-se atingidos por suas reportagens.

Não foi a primeira jornalista morta na Rússia. Antes dela existiram outros. Depois dela também. Assim como o jornalista ucraniano Georgiy Gongadze, foi encontrada morta. Anna morreu no elevador de seu prédio em Moscou com quatro tiros, um deles na cabeça. A jornalista da Novaya Gazeta deixará saudades.

O crime brutal foi em Outubro de 2006 e não deve ser esquecido, porque Anna era uma daquelas jornalistas engajadas na luta pela liberdade e na defesa dos Direitos Humanos para realmente quem precisa: as vítimas do terrorismo e os atingidos por regimes que ceifam a liberdade.

Ela imaginava que podia vir a pagar com sua própria vida. "Algumas pessoas pagam com a vida por dizer claramente o que pensam", disse em Viena, em uma conferência da organização "Repórteres Sem Fronteiras". Anna pagou com a sua. Seu legado de liberdade de expressão não pode ser esquecido.

O Círculo de Bellas Artes de Madrid fez uma bonita homenagem para Anna. Ocorreu a leitura de trechos de sua obra intitulada "Terror na Chechênia" enquanto eram projetadas cenas de suas entrevistas e de dois momentos emblemáticos de sua carreira: o sequestro no Teatro de Moscou e na Escola de Beslan, ambas realizadas por terroristas chechenos islâmicos.

Foi uma homenagem muito bonita, carregada de carinho e admiração. Foi marcante para todos que acompanhamos.

Para todos nós, jornalistas ou ligados aos meios de comunicação, a perda de Anna deve servir de incentivo para seguirmos adiante com nosso trabalho.

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