quinta-feira, março 01, 2007

O exemplo da Estônia

Vejam que ótima notícia. A Estônia, já pela segunda vez, realizará parte de sua eleição via internet. Um total de 30,275 dos 940 mil eleitores registrados votarão pela rede, com cartão de identificação e senhas. Possibilidade de fraude? Não, estamos falando de um país sério, com instituições fortes e estáveis, muito diferente de outros exemplos que conhecemos.

Juntamente com a Irlanda, o país báltico foi aquele que mais aprofundou as reformas liberais em sua economia, e é considerada a jóia da coroa na região, com índices muito melhores que Letônia e Lituânia, seus principais vizinhos. Desde 1991 a idéia central é aplicar as idéias de Milton Friedman na economia. O resultado não podia ser outro senão aquele colhido por todos os países que aplicaram as idéias do Nobel em economia de 1976, ou seja, prosperidade.

Desde 1994, todos os anos há diminuição de carga de impostos. Hoje, a carga tributária é de cerca de 22% do PIB. Ainda falta muito para chegar ao grau de liberdade da Irlanda, que tributa somente 12% do PIB, mas o caminho trilhado pelo governo estônio se mostra na direção correta. As mesmas reformas foram feitas durante o governo Aznar na Espanha, responsáveis por diminuir o desemprego de 25% para 10%.

Mas vejam só. A renda per capita da Estônia, um país que até 1991 era comunista, já é em 2006 mais que o dobro da brasileira, que amarga uma sufocante tributação de 40% do PIB.

É verdade, não aprendemos mesmo.

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