sexta-feira, março 23, 2007

ZP cede uma vez mais ao ETA

Ainda repercute a retirada da acusação contra o líder do Batasuna, braço político do ETA na ilegalidade, Arnaldo Otegi. A "Fiscalía de la Audiencia Nacional" pedia 15 meses de encarceramento por enaltecimento do terrorismo, em decorrência de um discurso realizado em homenagem ao etarra Olaya Castresana.

Entretanto, na audiêncioa realizada em Madrid, o fiscal acabou por retirar as acusações e o líder do Batasuna foi liberado, voltando para Bilbao. Ortegi disse que não havia enaltecido o ETA e havia se limitado apenas a fazer um discurso político.

A polêmica se instalou na Espanha. O PP acusa o governo de mais uma vez ceder ao ETA. Ontem já ocorreram manifestações em Madrid.

A posição deste governo em relação ao ETA está forçando uma divisão muito perigosa na Espanha. De um lado estão nacionalistas e socialistas. De outro lado estão os populares. A divisão sonhada pelo PSOE e talvez a trampa em que está caindo o PP começa a se materializar. Um novo governo Zapatero pode mudar a configuração do Estado espanhol.

A polêmica continua hoje. Um porta voz do ilegalizado Batasuna, Pernando Barrena, disse em San Sebatián, em Euskadi (País Vasco), que o governo socialista não estava cumprindo com seus acordos e o ataque em Barajas, em dezembro, seria uma resposta ao governo Zapatero, mas "a oportunidade histórica ainda está aberta".

Curioso ou não, desde lá Zapatero tem cedido sistematicamente ao ETA.

Barrena foi contuntente: mesmo na ilegalidade, a "izquierda abertzale" encontrará um meio de concorrer nas próximas eleições.

A situação é cada vez mais tensa.

Nenhum comentário: