terça-feira, julho 14, 2009

PetroCPI "Chapa Branca"

Depois de idas e vindas, a CPI da Petrobrás foi instalada. E a maioria governista é avassaladora, abriga 8 dos 11 integrantes.

As chances de a CPI não dar em coisa alguma é grande, mas sempre existe a possibilidade de o governo se complicar. Mas isso será difícil, pois o consórcio governista PT/PMDB divide o comando e o destino das verbas da estatal. Cada um defenderá os seus, e ambos podem se ajudar.

Na oposição segue a esperança que, de uma forma ou de outra, alguma denúncia possa gerar embaraço e atingir cardeais do governo petista, especialmente Dilma Rousseff, conselheira da Petrobrás. Isto se a CPI "pegar" e tiver força até o fim dos seus dias, prevista para fevereiro. Se a coisa pegar fogo, e a oposição colher apoios, os trabalhos podem ser prorrogados até agosto do ano eleitoral, 2010. Este seria o cenário de sonhos de oposição.

Certos de que isso pode acontecer, a tropa de choque de Lula já mira na administração FHC, com o objetivo de desviar as atenções e intimidar tucanos e democratas. Estratégia esta que pode se revelar equivocada, uma vez que a parcela do PMDB que apóia Lula hoje, também apoiou FHC. Se Lula pensa em atingí-los, pode detonar sua própria frágil base no Senado.

Mas ao fim e ao cabo não podemos esperar muito de uma CPI presidida por João Pedro (PT-AM), suplente do atual ministro dos Transportes de Lula, Marcelo Crivella (PRB-RJ) como vice e o polivalente Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo Lula, membro da tropa de choque de Sarney e antigo líder de FHC na Casa, para relator.

Nenhum comentário: