segunda-feira, julho 13, 2009

Taro Aso antecipa eleições no Japão

Tudo indica que mais um Primeiro-Ministro japonês deve deixar o cargo. Desta vez é Taro Aso, com a popularidade na lona, beirando os 20%. E isto pode jogar seu tradicional partido em uma crise profunda.

Entretanto não foi somente sua popularidade em queda livre que indica o ocaso de seu governo, mas a vitória do partido rival (PDJ) nas eleições municipais deste final de semana. O Partido de Aso perdeu uma hegemonia de 40 anos em Tóquio. Foi um golpe brutal.

Sua manobra política foi antecipar as eleições gerais, previstas inicialmente em outubro, para o dia 30 de agosto. Para isso, Taro Aso deve dissolver o Parlamento nos próximos dias, por volta do dia 21 de julho. Um erro político? Talvez. Mas se mantivesse seu gabinete no poder durantes os próximos meses, sua popularidade cairia ainda mais. Já, antecipando o pleito, retira do foco o desgaste de seu governo e o traz para o debate político propriamente dito.

Desde que o habilidoso Junichiro Koizumi deixou o poder, em 2006, parece que o Partido Liberal Democrático, que controla o governo japonês há 50 anos, não encontrou equilibrio. Depois de Koizumi veio Shinzo Abe, Yasuo Fukuda e por fim Taro Aso.

O PLD precisa de forma urgente de outro Koizumi, ou de uma vez por todas, virar a página e renovar suas lideranças. Mas este é um assunto muito delicado dentro de um partido praticamente monopolista que já confunde-se com o próprio Estado. Talvez o alerta vindo de Tóquio e a possibilidade real de perder as eleições gerais leve o PLD a discutir de forma profunda essas questões.

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